domingo, 23 de setembro de 2007

Turbilhão...




"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica queita, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai onde ele te levar!"

(Susanna Tamaro - Vai Aonde te Leva o Coração)



Toda a minha vida este pequeno excerto fazia sentido, todo ele era claro mas... seguir o coração era algo que eu não faria com facilidade... sempre achei mais prudente seguir a cabeça... ontem alguém me mostrou que é mais fácil seguir o coração, acabamos sempre por sermos mais felizes, mais livres e acima de tudo quando o coração fala estamos sem dúvida com alguém que gostamos!!! Por vezes assistimos a certos momentos cheios de magia, as minhas borboletas na barriga falam mais alto, sentimentos descontrolam-se... surgem "revelações"... lágrimas!



Tu estives-te lá estes 3 anos, escondido no fundo do coração... e em 3 dias abriste-me o coração e eu senti-me leve, livre e muito melhor! Contigo tenho capacidade de falar de coisas proibidas... contigo sinto-me bem... contigo!



Todo este turbilhão de emoções... as contradições... tudo isto faz parte... e depois de toda a poeira acentar... vem a melhor parte! ;)

1 comentário:

MarioPlatt disse...

"Quando as mãos encontrarem as mãos, e os olhos de um cegarem no fundo dos olhos do outro - recomeçaremos tudo. Arrumaremos os objectos e a roupa nas gavetas. Limparemos o soalho e o pó, as paredes e toda a casa. E ao abrir as janelas ao riso dos outros, vagarosamente, revelar-se-á uma réstia de alegria. Aquela que não é possível partilhar a sós, aquela que necessita doutros corpos para que o mundo se ponha a existir á nossa volta, surpreendente, único, breve.
Depois, havemos de fumar um cigarro e olhar o mar. Esqueceremos nem que seja por um instante, a terra que me foi tragando ao longo dos anos. Fingiremos a ordem para podermos refazer o caos.
No instante em que se torna possível contar todas as histórias do mundo, tu dirás (como se o tempo não fosse agora de cinza, como se o meu corpo ainda cantasse...):
- Vives como se vivesses por trás das palavras de um poema. Existes se me amares.
E eu direi:
- Dantes, eras uma visão. Sentia uma luz acender-se na pele e eras tu. Hoje, preparo e bebo venenos para que o brilho daquilo que já não és venha ao de cima, se solte do sangue e estremeça, cintile, e não se apague"

Al Berto - "O Anjo Mudo"